segunda-feira, 19 de novembro de 2007




Aos 23 anos, eu agora sou tanto, sinto tanto, sei tanto, vivo prantos, bebo um tanto.No convés da minha mente dei tchaus, e fiquei sozinha.Aos 23 anos de idade, eu me acho velha, conservo manias adolescentes como ouvir a mesma faixa arranhada do disco alta um bilhão de vezes, escrever meu nome na mesa, e o interesse por drogas.Aos 23, tenho medo do alcoolismo e quero o lado esportista da vida *risos. Na minha nau atiro coisas e dou carona às pessoas.Sou um tipinho comum – com mania de complicar tudo, de profundo, disparatada mesmo.Às vezes quero o divórcio de mim mesma, dos pensamentos, da febre sem analgésico.Eu bem tento..mas viver pela metade ainda não é possível.Mais de uma vez ao dia praguejo por qualquer coisa que se sinta.Eu junto papéis, mas não arquivo sentimentos.Eu penso que recalque é personalidade.Tenho manias..ora bolas! Sou velha! Como por exemplo, aquela das paixões, sou viciada , escatológica, e elas são comumente sem ninguém.Acho que é porque assim eu posso amar todo mundo de uma só vez, ou uma vez só? Ou porque não tenho a quem, mas como isso, também é comum e prezo pelo sentimento direciono a um ponto de luz qualquer.A um poste? uma marca de biscoito? Mas, eu definitivamente, detesto o "platonicismo". “Minha alma é de chumbo e segredos”.Eu amo os edifícios abandonados, as estradas sem ninguém, assistir ao sol morrer.Sou viciada no mal-cheiro das ruas, na arritimia do peito, em quarto bagunçado, em planos fáceis para não serem cumpridos, em atraso, em quebrar relógios sem querer.Sou viciada na Golden Gate, em arrochar minha mente e talvez de algumas pessoas na parede.Em abrir a janela pra ver o tempo, e me perguntar se tá nublado, ou é a fumaça mesmo.E eu acho que ar límpido, é aquele vem do ar-condicionado.Mas, gosto mesmo é do ar que entra em alta-velocidade, da janela aberta do carro, que congela as entranhas, que sufoca.E eu amo a natureza, mas onde é que ela fica?Eu falo muito, muito mesmo, e pra mim problema é assunto.Eu quero tudo, e é agora.Tenho dificuldade com nãos e o meu sonho é ser uma pessoa simples, que lê um livro e dorme.Que não dorme antes e nem depois do primeiro capítulo, mas que durma.Eu sou pessoa boa e perseguida pela frase : “amanhã, o dia tem que começar cedo”, especialmente no apagar das luzes, às 4 da manhã.Eu sou ótima, mas sou problemática, se fosse homem tudo bem, talvez virasse charme, mas como mulher inteligente diante do "consciente" feminino “não entendi, mas ri” , “é bonitinha, tá feita na vida”, das guerras infinitas, da camada de ozônio, da escravidão do cartão-de-crédito, do amor líquido, dos "pocket realationships" , do "não-lugar", da nevralgia social, da alienação política, do niilismo, dos governos nonsenses, do marginal, do excluído, do hipócrita dentre outras pestes da "Pandora humana" fica o incômodo de ter que ser mais inteligente ainda.Pra ser feliz, ante o nada.Sou rabugenta, quero ter 4 filhos, e acho quase todo mundo chato, mas se você gostar de mim, eu acabo te amando (não sei, talvez por narcisismo, por amor, ou, por besteira).Sou sinestésica, e talvez, por isso confusa.E nunca me falta assunto, é que às vezes eu quero falar coisas que você não sabe ouvir.Ou pode ser preguiça.É que meu cérebro cansa à toa, se empolga com pouco e por pouco.tem que inventar manias pra se divertir.Há 23 anos eu tento tocar violão, e tenho uma vontade louca de ser a rainha da bateria...kkk. Eu sofro de amnésia.Tem gente que eu desagrado, tem gente que morre por mim. Eu morro por alguns, confesso que já foram mais. Mas, como foram, que bom que eu não morri por eles..Mas, eu não mato, não..acho que não rs. Sou meio “assim, assim” mesmo, e eu nem sei se me amo tanto quanto parece nesse texto.Aos 23 anos , caiu a ficha...Passei a pular os artigos.Sei que sexo é solução pra muito.É coisa nem um pouco à toa.Que é ar quando você tá cinza da rotina , daí você descobre um monte de coisas e tudo fica novo de novo, ou se é ruim fica um engodo. E agora, decidi fazer um blog, não sei se para extravasar diante da frenética criatividade e confabulações que apavoram e colorem a minha mente.Por tédio, ou se por qualquer apelo artificial fruto dessa "bobagem-tecnológica-de-sociedade-do- espetáculo-divertidamente-viciante" Mesmo.


MIXED DRINK

SHE WAS HOPE, SHE WAS TRAGEDY.
Atropelou a frase da calçada em frente ao apê.
Enxotada, sem o VISA, teve tempo pro último porre:
Cartão de Crédito americano.VISA Expiration ano 2010.
Como?
Alfândega sem nota fiscal e um puto no bolso.
This mess we´re in.
- Meu amigo, o perigo é a volta.
Todo aquele papo de imigração não passou de um pagode.
- Enfin,
Caos sanguíneo.Sente falta da alegria diária de um alcoolismo iminente.
Pedir um cosmo e flertar no balcão do bar.
- Putain!
Perder o charme de garçonete de Pub.Abrir mão de ser a preferida
do bartender e depois ser trocada pela eslováquia.
Ah!Esse Nelson Rodrigues viciante!
E vai embora assim, sem certeza de ter abandonado alguém?
- Anyways,
Teve a delícia do conto da cartomante.
Mas não ficou pro rendez-vous previsto.
Soul made.
Batom vermelho, seu destino era o avião.
Vai encontrar a boêmia em outro lugar
Fine!
Cabelos lisos inteligentes de fronte ao espelho, debocha:
- Plus ça change, plus c'est la même chose !